quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

End of Everything.

Foi aqui que tudo começou. Foi aqui que minhas palavras ficaram grandes demais para serem faladas, pesadas demais para serem expostas de forma verbal. E é assim que eu me sinto, obrigada a ficar muda, enjoada, doente. O motivo é estranho, é uma mistura de medo com ego seriamente machucado. E é nesse momento que eu confronto minha existência, e percebo que talvez não tenha nada tão importante pra se comentar sobre mim. Eu não fiz nada, eu não sou coisa alguma. No fim, sou apenas um cisne negro velho, e gasto. E um cisne branco recém nascido vai me engolir a qualquer momento.

domingo, 21 de outubro de 2012

Just Ride

Tem vezes que eu me sinto presa com as escolhas que eu fiz. Como se eu nunca pudesse fugir de abraços, palavras e promessas. E eu sinto como se afogasse devagar, e a água invade meus pulmões, e machuca. Porém, eu sei nadar, o que acontece é que eu já desisti de lutar contra as ondas.

domingo, 14 de outubro de 2012

I'm a Pagan Poetry (2)

Apenas um sentimento de vazio me habita. Não sei, é como sentir o vento correndo em círculos dentro de mim. Não é nada, mas ao mesmo tempo é muita coisa. A vontade de me me machucar cada vez mais pra me aproximar de algo que eu larguei com tanta vontade. 
Mas dessa vez, eu vou guardar tudo pra mim. E eu sei que nunca mais terei respostas. 
Nunca mais ouvir, ou ler, ou falar. 
Mas eu estou muito inerte pra dizer que sinto alguma dor.
Eu estou muito inerte pra sentir qualquer coisa, ou pra afirmar que sinto alguma coisa. Não sei.
Quando a confusão começa a aparecer, é quando a anestesia para de fazer efeito, a esquizofrenia emocional começa a aparecer, as músicas começam a fazer aquele sentido que todos odeiam.
Mas eu não odeio. Na verdade, a música é a única coisa que pode me ouvir.
E bom, esse é um texto para ficar inerte, imóvel, estático e insensível. Assim como eu. 

I'm His Beast.

Eu sei que ele vai ficar bem
Eu quero que ele se cure.
Eu quero que ele acorde disso como se acordasse de um pesadelo.
Abalado e triste no começo, mas com a sensação de fantasia de algo que nunca aconteceu.
E então, a vida irá sorris novamente. E nada será lembrado.
Ele não vai sentir dor alguma.
E eu estarei longe, muito longe.
Com esse coração que sangra eternamente.
Com mais uma ferida aberta. Ferida que eu lembrarei de manter sempre aberta e exposta, pra que eu nunca esqueça o amor que eu senti.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Venus In Furs

É como se ela pisoteasse meu coração com seus saltos finos. E me mantivesse à sua disposição como um escravo. Um escravo do seu cheiro, da maciez dos seus cabelos vermelhos como fogo. A dor das chicotadas, e a dor de vê-la saindo de casa para outros é lancinante e praticamente mortal, mas eu não quero parar de adorá-la. Minha doce Vênus, vestida em suas peles.
Mas eu preciso matá-la.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Just..

Eu queria te amar. Mas não consigo. E resolvi parar de tentar antes de te macucar de verdade.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Playing Dead

Chega a noite, e eu recapitulo cada minuto do dia que se passou. E eu sinto a sua falta, mas não sinto falta de estar perto de você da forma que estávamos. Eu queria que tudo fosse suave, mas nunca fica perfeitamente bem. É como se não fôssemos fortes o suficiente pra que o amor prevaleça sobre todo o resto. E eu me sentia cada vez mais presa, e com isso mais infeliz. Mas não deveria ser assim, eu deveria ser feliz ao seu lado, e apenas ao seu lado. E eu ainda quero isso, mas agora é praticamente impossível.
Eu queria que você pudesse pelo menos entender.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Layza, Isis, Isobel

Agora tudo dói, mas é uma dor mais suportável. É como se meu coração tivesse sido meio anestesiado. Foi meio indolor, mas eu sei que a pancada de verdade vai chegar ainda.
Mas tudo isso me faz refletir em quem eu sou, e me faz enxergar que os traços que eu achei que tinham sumido de mim, ainda estão aqui. Eu continuo a mesma, talvez com uma visão mais romântica ou até mesmo utópica da vida, mas não muito madura, não o quando eu gostaria.
Eu tenho sentimentos primitivos muito mais latentes em mim. E isso me incomoda, eu queria ser mais refinada, mais comprometida. Mas a minha natureza é podre, ou se tornou podre, não sei ao certo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

You

Cada átomo eternamente pulsante do meu ser vibrou mais rápido do que nunca, e eu senti meu corpo se inflamar rapidamente, para depois uma sensação de relaxamento e alívio tomarem conta de mim. E depois disso a dor, a mais profunda e mais destrutiva. Eu não entendo os meus sentimentos, esses sentimentos que ardem sem pena dentro de mim, e me fazem ficar nesse estado de confusão absurdo. Eu já não sei o que fazer.

domingo, 16 de setembro de 2012

Hollow

Toda a minha mente se projeta num vazio que contém tons de branco, tons que eu consigo diferenciar, tamanho o vácuo que se instalou dentro de mim. E quando isso acontece, eu abraço os sentimentos mais próximos ao meu coração, e me alimento deles, de forma que seja possível pelo menos a respiração. A respiração regular, sem tremores, nem pulsações. O coração bate tranquilamente, e tão lentamente que é quase impossível sentir. Mas meu coração é tão naturalmente tempestuoso, que algumas ondas de tristeza batem em mim, devagar, se arrastam pela minha cabeça, e transbordam pelos meus lábios fechados, proibidos de se abrirem em um mar de perguntas com respostas inúteis. a dor das lágrimas empurradas para o fundo da garganta incomoda, mas eu não tenho tempo pra pensar nisso. Na verdade, eu não tenho tempo para pensar em nada. Eu quero me recusar a pensar, por mais difícil que isso seja. Tudo está acontecendo conforme o planejado.

sábado, 15 de setembro de 2012

I feast on you, and it feels good.

Eu me sinto dependente de como você faz com que eu me sinta. Porque quando eu estou do seu lado, sentindo seu cheiro, nada mais parece importante ou ruim. E isso faz com que eu me sinta culpada, por deixar suas mãos vazias. Sei que isso não é suficiente pra você, mas eu ás vezes penso que um dia vai ser, um dia minha amizade vai ser mais do que o suficiente pra você, e aí seremos plenamente felizes.
E a distância que eu tenho de você, é a única coisa que me deixa triste hoje. Porque sua amizade é uma das coisas mais importantes que eu tenho, e o medo de perder isso pra sempre me consome o sangue.
E se eu vivo sem você hoje, acredite, só fisicamente, pois minha memória insiste em me lembrar de que você ainda está aqui.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

I'm a pagan poetry

Essa dor nunca acaba, nunca passa e nunca diminui. E eu continuo agindo de forma a acrescentar mais feridas no meu coração, e pior, no coração dos que eu amo.
Eu me pergunto se algum dia eu vou melhorar, evoluir, crescer e finalmente ser feliz. Algumas coisas já estão mais maduras na minha cabeça, algumas responsabilidades estão mais claras. E eu tenho defeitos, defeitos que eu procuro polir todos os dias. Mas a minha tendência à destruição simplesmente não se torna pelo menos mais amena. Eu continuo sendo rudimentar no que se refere a sentimentos. É como se eu não soubesse lidar, como se eu não soubesse como agir. Mas ao mesmo tempo, os sentimentos são tão claros, a necessidade de alimentá-los a qualquer custo e alimentar o carinho que as pessoas tem por mim.
Provavelmente eu não cresci o suficiente, mas até quando eu continuarei deixando pessoas e corações em trapos? Até quando eu não saberei proteger quem eu amo?

...

Eu deveria ter tomado mais cuidado. Porque, como eu previ, você não é como os outros.
E agora, eu me sinto culpada, por não ter dito "não". Mas como eu já havia previsto também, essa dor e essa tristeza já eram de se esperar. E agora eu olho pra você, e me sinto impotente.
E me arrependo aos poucos de ter dito "oi" tão gentilmente. Me arrependo de cada minuto, se isso for fazer com que você fique melhor. Eu desistiria de tudo se ficasse tudo bem.
Me perdoe por tudo.

Our romantic genes are dominant.

Ela tira tudo de mim e limpa meu espírito. Eu me sinto nova, capaz e feliz.
Ela sussurra no meu ouvido as trovoadas que acordam meu ser.
Ela me faz nova, me pega pelo braço e me joga mais alto que o próprio céu. E eu toco a criação com a ponta dos dedos. Sinto a vida correr pelas minhas veias, e o tremor das descargas elétricas que ela pulsa pelo meu coração deixam meu espírito inquieto e agitado.
Meu coração se enche de belos sentimentos, e a tristeza desaparece. A melancolia se torna algo lindo de se sentir
Ela me faz feliz.
Ela não é a minha mãe.

Listen how they grow

É como se a tristeza aguada, antiga e desgastada estivesse entrando pelas minhas veias novamente. Fragmentos de lembranças ruins e sentimentos ainda piores tomam conta de mim, e me fazer enxergar o mundo em tons de cinza. Não em preto e branco, mas em tons sujos e poluídos, distorcidos, desbotados. O problema é que apesar de ser um sentimento antigo, um velho companheiro de viagem, eu perdi o costume. 
E meu físico acaba sendo afetado. 
Eu não sei mais lidar com a minha própria depressão. E eu me sinto cada vez mais sozinha, e pior, sinto que dessa vez, ninguém pode me ajudar. 
Talvez esse apego ao passado seja algo mais absurdo e profundo do que eu já imaginava. Como se eu parasitasse as minhas lembranças, sedo elas boas ou ruins. Incluindo o fato de que eu me prendo às lembranças ruins. 
Como se eu me alimentasse da depressão em si. Mas dessa vez não foi tão intencional assim. 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Human Behaviour

Eu sou a menina escrachada, com um humor ácido.
Eu sou a não virgem
Eu sou a mais velha.
Eu não tenho nada de realmente importante pra acrescentar, e mal tenho uma boa aparência.
Eu sou a pessoa menos indicada pra qualquer um se apaixonar.
Eu já tenho meu futuro todo pela frente, e muito bem delimitado.
Tenho marcas no coração que são feias demais pra alguém ver.
Tenho um pacto, uma aliança.
Não faz sentido alguém entrar no meio disso já sabendo o final.

Então, por que eu?

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Midnight Carnival

Pensar em tudo que poderia ser melhor me magoa.
Pensar me magoa. Eu também queria esquecer, e deixar tudo pra lá.
Eu queria que os minutos agradáveis que eu tive hoje pudessem se repetir todo dia. Queria que eles fossem eternos.
Mas já era tarde, eu precisava ir embora.
Doeu um pouco chegar pra casa, mas eu me sinto melhor. Como se eu tivesse acabado de acordar de um sonho bom, ainda com o gosto de batata frita na boca, e aquele perfume no corpo.
Foi bom.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Trapped in Paradise

Eu não queria ter a sensação de ser propriedade de alguém, mas eventualmente acontece.
Na verdade, eu gostaria de me acostumar com isso, porque eu sei que nunca vai ser diferente.
Não importa o que eu faça, ou como eu faça, eu sempre pertencerei a alguém. E algumas vezes, acredite, a sensação não é boa.
E algumas vezes eu acho que faço uma certa força pra deixar de estar nessa condição. Mas quando eu chego perto, quando eu me vejo livre, eu me apavoro, pois na verdade eu não quero estar solta, não totalmente.
Eu quero poder sentir o vento correr no meu rosto sem ter medo de ser repreendida por isso. Não quero mais a sensação de estar contrariando alguém, até com as coisas mais idiotas. Não quero alguém que saiba o que é melhor pra mim. Isso faz com que eu me sinta uma criança de novo, e isso me apavora.
Eu tenho pavor da minha família exatamente por isso. Eu sou tratada como uma criança indefesa, e eu saio da minha casa pra me sentir diferente.
Mas eu saio pela porta, e encontro o homem da minha vida.
Só que ele faz com que eu me sinta exatamente igual

sábado, 8 de setembro de 2012

All is Full of Love

Tudo é cheio de amor.
Deve ser por isso que tudo magoa
Deve ser por isso que eu sinto dor o tempo todo.
Dor que entra por cada poro da minha pele.

Tudo é cheio de amor
E esse amor me preenche como agulhas que entram em cada espaço disponível no meu coração.
E faz com que eu sangre todos os dias.
Não importa o quanto seja bom,
O amor sempre tira algo de você no final.

Tudo é cheio de amor.
E esse sentimento está em toda parte.
Não há escapatória pra dor mais prazerosa que o mundo pode proporcionar ao ser humano
E uma hora, esse amor te pega pelas pernas, te derruba, e te deixa sangrando no chão.

Tudo é cheio de amor
Inclusive cada palavra amarga escrita aqui.
Toda letra, todos os segundos gastos ao escrever isso, são cheios do mais profundo e puro amor.
Tudo é cheio de amor.

Let me crave those miracles.

Tem dias que eu sinto como se estivesse me afogando. Me afogando dentro da densa camada de fios que inundam meu coração. Eles me seguram pelas pernas, braços, chegam ao meu pescoço e apertam. O ar desaparece, as lágrimas surgem doloridas e grossas. Escorrem pelo meu rosto, molham meus cabelos e caem no chão, junto a outros fios que estão jogados, rasgados, desgastados e roídos pelo mais impetuoso corrosivo, o tempo.
Mas mesmo assim, eu me seguro a esses mesmos fios pra permanecer viva. E cuido deles como se fossem partes de mim, como se já estivessem comigo desde quando nasci. Cada um deles é parte de mim, partes adquiridas com o tempo. E cada um desses fios tem um cheiro, uma marca que faz com que eu consiga diferenciá-los dentro de mim.
Alguns se parecem muito, o que faz com que algumas vezes, eu esqueça quem é quem.

Sod Off

A tristeza não compartilhada irrita ás vezes. Talvez o problema esteja comigo, eu me considero muito intensa.
As palavras saem dos meus lábios tão furiosamente quanto as lágrimas escorrem do meu coração. Tudo é maior, mais obscuro e mais luminoso.
É assim com o amor, e com a paranoia. Essa companheira de longa data que até hoje não quis se retirar do meu cérebro. Acredito que ela é a principal responsável pela dissolução dos melhores relacionamentos que tive até hoje.
A paranoia, a estupidez e o nervosismo.
Mas o amor que eu sinto, da forma que eu sinto, também tem muita culpa. O meu amor me destrói todos os dias pela manhã, e me alivia a dor antes de dormir.
Junto com todas as músicas que embalam meus dias, todas elas falam comigo, descrevem meu estado de humor naquela hora. Como se elas me conhecessem tanto quanto eu as conheço.
Meus sentimentos escorrem pelos meus dedos, transbordam de forma incontrolável. E sim, dói, pois a sensação é de como se eu vivesse com os pulsos cortados, a aorta à mostra, pra qualquer um que queira se alimentar do sangue que escorre dela.
Algumas vezes eu fecho meus olhos, não sei se eu faço isso pra esquecer ou lembrar ainda mais, mas eu sempre gosto de sentir o vento soprando na minha pele. Sentir apenas.
No fim, eu só me importo em sentir. Não importando o que seja, desde que eu apenas sinta.

You are my little Dashie.

Nos últimos dias, uma dor aguda e insistente tem me incomodado. Eu bem queria que fosse uma dor física, seria melhor. Mas à medida que os segundos passam, aquela hora que eu tanto gostaria de evitar se aproxima.
Olhar e não poder tocar, nem proferir uma só palavra.
Essa expectativa me machuca, tanto quanto os fios vermelhos que insistem em sufocar meu coração, e impedir minha respiração plena.
A própria respiração me magoa, quando penso nas coisas que perdi por ter sido estúpida. Penso nos segundos, minutos, horas e dias que eu perdi ao tomar aquela decisão.
Ter que abrir mão de coisas extremamente especiais é triste, e doloroso. Eu sinto como se parte do meu coração tivesse sido arrancada de mim.
E a dor aumenta a cada segundo que passa.