A tristeza não compartilhada irrita ás vezes. Talvez o problema esteja comigo, eu me considero muito intensa.
As palavras saem dos meus lábios tão furiosamente quanto as lágrimas escorrem do meu coração. Tudo é maior, mais obscuro e mais luminoso.
É assim com o amor, e com a paranoia. Essa companheira de longa data que até hoje não quis se retirar do meu cérebro. Acredito que ela é a principal responsável pela dissolução dos melhores relacionamentos que tive até hoje.
A paranoia, a estupidez e o nervosismo.
Mas o amor que eu sinto, da forma que eu sinto, também tem muita culpa. O meu amor me destrói todos os dias pela manhã, e me alivia a dor antes de dormir.
Junto com todas as músicas que embalam meus dias, todas elas falam comigo, descrevem meu estado de humor naquela hora. Como se elas me conhecessem tanto quanto eu as conheço.
Meus sentimentos escorrem pelos meus dedos, transbordam de forma incontrolável. E sim, dói, pois a sensação é de como se eu vivesse com os pulsos cortados, a aorta à mostra, pra qualquer um que queira se alimentar do sangue que escorre dela.
Algumas vezes eu fecho meus olhos, não sei se eu faço isso pra esquecer ou lembrar ainda mais, mas eu sempre gosto de sentir o vento soprando na minha pele. Sentir apenas.
No fim, eu só me importo em sentir. Não importando o que seja, desde que eu apenas sinta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário